Segundo o movimento #WeThe15, lançado aquando os Jogos Paralímpicos de Tóquio, cerca de 15% da população mundial tem deficiência, ou seja, 1,2 biliões de pessoas. Entre 2009 a 2017, o National Health Interview Survey, reportou a existência de uma variação da prevalência mundial de Pessoas com Deficiência e Incapacidade (PcDI), de 1,12% para 2,49% (p<0,01), correspondente a um aumento de 122,3%, num período de oito anos. As causas para a subida de prevalência permanecem pouco claras, poderão estar relacionadas com os critérios de diagnóstico, agora mais abrangentes; um melhor conhecimento por parte de familiares e profissionais; diversidade na metodologia dos estudos ou mesmo um real crescimento (APA, 2013). De um modo geral, as evidências demonstraram interferência positiva do exercício físico em diferentes categorias sintomatológicas e comorbidades. A pesquisa de Oviedo (2019), detetou melhorias: (a) físicas, com a redução dos défices motores e sobrepeso; (b) psicopatológicas, com o aumento do tempo na execução de tarefas e (c) melhorias na função cognitiva e sócio emocional. Estando os seus benefícios evidenciados cientificamente, a população com deficiência continua a ser das menos ativas, sendo que mais de metade não realiza a AF recomendada, ou seja, 150 minutos de AF moderada a vigorosa por semana, segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine (2018). Está consagrado na Legislação Portuguesa, com destaque sobre a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, no no 5 do Artigo 30o, na Lei de Base da Atividade Física e do Desporto, Artigo 29o, o acesso em condições de igualdade, aos recintos e à participação em atividades desportivas, contudo são detetadas diferentes barreiras para o garante desses direitos.
FIT – Fitness Inclusivo a Todos
Afiliação/Affiliation:
Artigo Completo [1] Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência